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São Paulo,27/04/2025

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Empresas chilenas desembarcam no Brasil apostando na complementariedade

Da logística à energia, soluções querem mostrar o potencial da cooperação entre vizinhos


Empresas chilenas desembarcam no Brasil apostando na complementariedade Estrada em meio às montanhas que circundam a bela cidade litorânea de Iquique, ao fundo, capital da região chilena de Tarapacá. Empresas locais buscam cooperação com mercado brasileiro.

A região de Tarapacá, no Norte do Chile, é conhecida por algumas belas praias na sua parte costeira e também por sua topografia exuberante. Mas o mercado brasileiro já descobriu que não é somente isso que essa região fronteiriça com a Bolívia pode apresentar.

E alguns outros atrativos da Tarapacá estão sendo apresentados ao mercado brasileiro a partir da feira Intermodal, um dos maiores eventos do setor de logística do Brasil, realizado em São Paulo, e que contou com uma missão de empresas dessa região chilena.

Na bagagem, elas trouxeram produtos e soluções que consideram de extrema complementaridade com o mercado brasileiro e a Gazeta Mercantil Digital conversou com os representantes da missão para entender melhor os objetivos e a visão sobre essa conexão Chile-Brasil.

A conversa foi com Oscar Páez, CEO da Consultoria Pró América e ex-diretor da ProChile Brasil. Ele faz parte da comitiva que tem promoção da Corporación de Fomento de la Producción (CORFO), uma instituição equivalente ao BNDES no Brasil e que é ligada ao Ministério da Economia chileno.

E aos que não sabem, Tarapacá tem "parentes" brasileiros, afinal a região chilena foi declarada, segundo uma lei estadual de 2024, como "estado irmão do Mato Grosso do Sul". Vale lembrar que o projeto do corredor bioceânico, citado na entrevista a seguir, passa pelos dois Estados. Se sair, os "irmãos" estarão mais unidos do que nunca.

 

GMD: O que motivou a vinda dessas empresas chilenas ao Brasil neste momento?

Páez: As empresas chilenas sempre atuaram com uma visão de abertura de mercados, pois somos um país pequeno e precisamos disso, então o Brasil é uma tendência no processo de amadurecimento das empresas. Mas há também uma questão do momento em que vivemos, pois estamos numa fase da discussão de um grande projeto transnacional, o corredor bioceânico, algo que demanda um fluxo de comércio entre os países, então também é natural que busquemos potencializar essa cooperação. 

GMD: Sobre essa iniciativa atual de prospecção, no que ela se diferencia de outras iniciativas de apoio à internacionalização? 

Páez: As empresas que fazem parte deste programa têm como característica um alto grau de maturidade de fomento produtivo, então esse programa, batizado de Red Mercado, traz somente empresas que possuem grande capacidade de articulação e de integração com o mercado internacional.

GMD: Entre as empresas da missão, parece haver um foco claro em sustentabilidade. Isso é uma diretriz do programa?

Páez: Não necessariamente, mas entendemos que faz parte do perfil de empresas com alto grau de maturidade. Sabemos que essa característica não é somente um diferencial competitivo, é, muitas vezes, até mesmo uma condição de negócio. Acho que todas as empresas mais maduras sabem disso e já se prepararam para atuar com essa característica dos mercados globais.

GMD: E quais são as expectativas em relação aos encontros com empresas brasileiras?

Páez: As expectativas são muito boas, temos visto um imenso potencial de complementaridade entre empresas, então há uma grande chance de crescermos juntos. Visitamos indústrias e conversamos com gestores para trocar ideias e para nós isso é uma prova de que o caminho da integração e da cooperação pode ser algo natural.

GMD: Para finalizar, qual mensagem você gostaria de deixar ao mercado brasileiro?

Páez: Queria reforçar nossa visão de que a complementaridade das empresas chilenas e brasileiras é muito evidente. Claro que isso tem haver com espaços comerciais, mas também com uma força natural de cooperação e até mesmo muitos benefícios para uma integração. Isso pode gerar muitos negócios para ambos.


Conheça as empresas da missão Red Mercado no Brasil:

Chiamedrano: atua com transporte e monitoramento de equipes em regiões de difícil acesso. Mineradoras, muito comuns em Tarapacá, e outras indústrias de base são os principais parceiros da empresa. Saiba mais em: https://chiamedrano.cl/

KAM: empresa atua com soluções de energia e infraestrutura, levando soluções energéticas mesmo para áreas de difícil acesso. Saiba mais em: https://kamservice.cl/

Oñate: referência em geração solar e automação de sistemas energéticos, atua também como um modelo próprio de predição para sistemas de monitoramento. Saiba mais em: https://onateservices.com/

Simpatic: trabalha com rastreamento inteligente de frotas e máquinas, garantindo conectividade e controle total mesmo em áreas remotas. Saiba mais em: https://www.simpatic.cl




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